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Como você tem tratado sua família? – Agosto/2006

Quando os pais estão bem consigo mesmos,
eles conseguem dialogar,
transmitir amor, educar melhor seus filhos
e dar a devida assistência à família.
Então, cuide mais de sua saúde física,
psicológica e espiritual para que isso
aconteça em seu lar.

Ficamos estarrecidos com certas notícias sobre acontecimentos que envolvem o relacionamento entre pais e filhos, esposo e esposa ou filhos e pais. Como pais, convém refletir sobre nossa responsabilidade para com a família. Contemplamos, nos dias atuais, duros e constantes ataques contra esta instituição. Sendo a família a célula básica da sociedade, o que vier a acontecer com ela refletirá diretamente no mundo em que vivemos. Satanás tem procurado destruí-la, pois sabe que ela define a sociedade em que estamos inseridos.

Esses três fatos iniciais – o valor da família, o perigo que vem correndo e a existência de um destruidor – cobram dos pais cristãos maior responsabilidade por serem o sal da terra e a luz do mundo em seu lar, junto aos filhos.

De fato, a família merece nosso melhor cuidado. Falo como pastor e como pai. O apóstolo Paulo afirma, em 1Timóteo 5: 8, que, quando não cuidamos da família, erramos e agimos tal como uma pessoa incrédula. Por isso, vamos relembrar alguns pontos importantes de nossa responsabilidade para o bem-estar da família.

Os pais têm de ter amor por sua família

O ambiente familiar, que deveria ser o local para demonstração de carinho, amor, afeto e diálogo, em muitos momentos se torna lugar de brigas, discórdias e indisciplina. Muitos pais não conseguem expressar amor pelos seus filhos. Como um pai ou mãe pode dizer que não ama os filhos? Mesmo que eles vivam em rebeldia não deverão ser desprezados, pois: “…os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão. Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade”, Sl 127: 4-5. Um bom relacionamento pode evitar falhas ou corrigir os erros cometidos.

A Bíblia nos ensina que devemos amar todos os nossos familiares, pois se alguém disser que ama a Deus e odeia a seu irmão é mentiroso. Aquele que não ama a quem vê como pode amar a Deus a quem não vê? A prática de uma boa convivência é necessária porque todos precisam sentir que são amados, que são aceitos, que pertencem a uma família e isso acontece através de cada gesto e de cada palavra. Pais, esposas e filhos podem viver melhor: “A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa”, Sl 128: 3.

Os pais precisam assumir o compromisso de orar todos os dias para que Deus renove e aumente o amor de uns pelos outros dentro da família. O resultado de um bom relacionamento é que todos serão abençoados pelo Senhor e a alegria fará parte do dia-a-dia do lar. Dia das Mães e Dia dos Pais são um ótimo momento para reunião e reflexão familiar, mas não devemos ficar só nisso. Mudanças para melhor podem acontecer sob a direção de Deus: “instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos”, Sl 32: 8.

Os pais precisam estabelecer prioridades

Prioridade implica em colocarmos certas questões em ordem de acordo com seu grau de importância. Se errarmos nessa sequência, poderemos colher resultados desastrosos. Se quisermos cuidar bem dos outros, primeiro temos de atentar para nós mesmos. Quando estamos bem conosco, conseguimos dialogar, transmitir amor, educar melhor nossos filhos e dar a devida assistência à família. Verdadeiramente, ninguém consegue amar o próximo, se não amar a si mesmo antes, Lc 10: 27.

Há muitos que não “esquentam a cabeça” nem consigo e nem com sua família. Os filhos ficam ao léu do tempo, não cuidam da comida deles, não cuidam das roupas, nem se preocupam com seus estudos, nem com o futuro da casa. Para esses pais, um pouco de organização pessoal, de planejamento familiar, de temor de Deus no coração e o estabelecimento de prioridades ajudariam a aprimorar a vida em família: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha”, Mt 7: 24. Se isso acontecer, os membros da casa viverão melhor e mais felizes.

Com relação à vida eclesiástica, é necessário ter firmeza nas posições tomadas para que uma coisa não prejudique as outras. Deus está em primeiro lugar, à família vêm depois e, finalmente, as atividades da igreja. Muitos já dedicaram muito tempo para a igreja e, quando se lembraram de seus filhos, já era tarde, já os tinham perdido para o mundo. Por isso, reservar tempo para gastar com o esposo, com a esposa, com filhos, faz muito bem à saúde da família: “O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele”, Pv 20: 27. Às vezes oramos muito e esquecemos dos deveres conjugais. Tudo precisa ter o seu devido lugar e equilíbrio.

Os pais precisam educar seus filhos

Na sociedade atual, há pais e há mães que desenvolvem os dois papéis: o de papai e o de mamãe. Com tantas separações, a estrutura social familiar acha-se bastante fragilizada. O momento é bem diferente da ideal, da orientada pelo Senhor em sua Palavra. Por isso, todos os pastores, pais e educadores estão conscientes da necessidade de sair em socorro à família, ou seja, prestar apoio e ajuda aos pais e aos filhos através de conselhos, ensinos, palestras, cursos, grupos familiares, eventos especiais, etc.

A educação secular e cristã dos filhos (relembramos aqui o relevante papel da Escola Dominical) deve ser prioridade para que eles tenham um futuro melhor e, consequentemente, seu filhos cumpram o que está em Pv 17: 6: “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais”.

A geração do mundo globalizado vive a maior crise paterna que já existiu! Pesquisas apontam que, semanalmente, os pais têm em média sete minutos de conversa significativa com seus filhos. Um dos resultados é que os filhos entram na vida sexual mais cedo, envolvem-se com drogas e violência. Mas quando há educação séria, pautada nas Escrituras sagradas, o pai não é visto apenas como o provedor da família, mas também é amigo, companheiro, confidente e muito mais. Cabe a eles ensinar as regras do jogo na estrada da vida para que seus filhos se tornem adultos responsáveis.

Por causa da complexidade da educação dos filhos, muitos pais sabem que precisam de mais informações e querem aprender, independentemente da idade, a lidar com seus filhos menores, adolescentes ou jovens. A Igreja tem procurado proporcionar-lhes isso. Quando os pais são reeducados, os filhos compreendem que o aprendizado é uma constância na vida, que sempre há algo a ser assimilado, que nunca se deve parar de estudar. O fato de não estar frequentando uma escola ou faculdade não significa que não esteja aprendendo sobre a vida. O dia-a-dia tem muito a ensinar aos pais e aos filhos.

Conclusão

Hoje não está fácil para a família. Se essa é também a sua constatação, nunca deixe de orar em favor de seu casamento, de seus filhos e dos demais familiares. É desejo de Deus que seu lar seja um altar. Os pais merecem os parabéns neste “dia das mães”, mas precisam de coragem para cultivar relações promissoras dentro de casa. A leitura da Bíblia esclarecerá muitas questões para o sucesso familiar. Que assim Deus nos ajude.

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Fonte: Jornal Aleluia de agosto de 2006

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