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TEOLOGIA BÍBLICA DA ORAÇÃO DE “ALTO-AJUDA”

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“Asa clamou ao Senhor seus Deus, dizendo: Ó Senhor, nada para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de nenhuma força. Ajuda-nos, pois, ó Senhor, nosso Deus, porque em ti confiamos, no teu nome viemos contra esta multidão, Senhor. Tu és nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem” (2Cr 14:11).

Alto-ajuda, que se escreve com “l”, é a crença na intervenção divina em nossas vidas em todos os sentidos. Seria a ajuda-do-alto ou aquele auxílio que vem lá do céu. Autoajuda, por sua vez, com “u”, é a crença na ajuda própria, ou seja, quando a pessoa acredita que ela mesma é capaz de encontrar uma solução ou um caminho para o problema ou desafio enfrentado. Ela busca se sobressair sem a ajuda de outra pessoa.

No entanto, tanto a alto-ajuda como a autoajuda sugerem uma combinação de fatos que determinam uma ação a favor de alguém. Todavia, fica evidente que alto-ajuda se trata de ajuda sobrenatural, porque ela não surge do interior da pessoa, mas vem dos céus, como afirma o sábio Tiago: “Todo dom perfeito vem lá do alto, descendo do Pai das luzes” (Tg 1:17).

Asa era trineto de Davi e bisneto de Salomão. Seu reinado (911-870 a.C), o terceiro da dinastia do Reino de Judá, foi de grandes realizações, porque seu governo estava sempre alinhado a uma vida de oração e de conformidade com a vontade de Deus. Asa revela-se uma pessoa totalmente dependente de Deus, e, por isso, faz, em um dos momentos mais difíceis de sua vida, uma oração de alto-ajuda, que nos deixa perplexos (2 Cr 14:1-15).

Interessante que não se trata de uma oração corriqueira, como aquela que, às vezes, estamos acostumados a fazer antes de uma refeição ou de outro momento qualquer. Não foi uma prece composta de palavras técnicas, mecânicas ou convencionais, mas uma oração fervorosa, que brotou do profundo de sua alma, fazendo com que de sua boca transbordassem palavras de fé.

O coração de Asa se rasga diante de Deus, como se estivesse proferindo as palavras do salmista: “Se não fosse o Senhor, que estivesse ao nosso lado, ora diga Israel; eles então nos teriam engolidos vivos” (Sl 124:1, 3). Apesar de não conhecer nada de teologia, até porque este termo, segundo os estudiosos, foi cunhado pela primeira vez por Platão (427-347 a.C), há em sua oração alguns princípios bíblico-doutrinários bem práticos que muito nos ensinam. Assim, vejamos:

DOUTRINA DA ONIPOTÊNCIA

Há que se considerar que, em primeiro lugar, Asa trouxe à memória, ainda que despretensiosamente, o conceito teológico da onipotência de Deus: “[…] Ó Senhor, nada para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de nenhuma força […]”. Outra versão diz: “Além de ti não há quem possa socorrer numa batalha entre o poderoso e o fraco”. Perceba que o rei evoca o poder de Deus, um de seus atributos morais, para vencer o inimigo, poder que pertence unicamente a Ele: “Que o poder pertence a Deus” (Sl 62:11).

Quando ele pronuncia as palavras que “nada é para ti ajudar”, estaria dizendo: “Para o Senhor, não pesa e não custa nada. Basta, Senhor, um sopro com a tua boa e o inimigo desaparecerá”, por que: “Com ele (o inimigo) está o braço de carne, mas conosco está o Senhor nosso Deus, para nos ajudar e guerrear nossa guerra. E o povo descansou nas palavras do rei Ezequias” (2Cr 32:8). Trazer à memória este princípio bíblico-teológico fortalece qualquer oração.

Esta cena nos reporta à luta entre Golias e Davi, no reinado de Saul. Durante 40 dias o gigante zombou de Israel, (1Sm 17:16). A hora crucial foi quando ele disse que venceria facilmente a Davi, não sabendo que aquela batalha pertencia a Deus. Davi dirigiu-se ao homem de 2,90m (1Sm 17:4) e disse: “Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo, eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado” (1Sm 17:45). O final da batalha foi a inesquecível vitória e Davi.

DOUTRINA DA IMPOTÊNCIA

O rei não teve dificuldades para reconhecer a impotência humana: “Ajuda-nos, pois, ó Senhor, nosso Deus, porque em ti confiamos, no teu nome viemos contra esta multidão, Senhor”. Este é o ponto forte de uma oração, pois “o Senhor conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó” (Sl 103:14). Ainda que Deus seja onisciente, conhecendo a nossa fraqueza, precisamos confessar a ele a nossa impotência. Uma coisa é sabermos que somos fracos, outra, bem diferente, é dizer para Deus, em palavras ou atitudes, que somos dependentes dele.

Esta foi a atitude do rei Asa quando se viu diante de Zerá, o etíope: “porque em ti confiamos e em teu nome viemos contra esta multidão” (2Cr 14:11). Em outras palavras, ele estaria dizendo: “Não somos nada, ó Deus, diante deles, porque são mais fortes do que nós. Ainda que tenhamos recursos de guerra, somos totalmente impotentes sem a tua ajuda. No entanto, estamos aqui porque nos despimos de nós mesmos e nos revestimos do teu poder”. Deus ouviu a oração desse homem e atropelou o inimigo naquele dia (2Cr 14:12-15).

Depois de se tornar um homem maduro e experiente, Davi ficou perito nas batalhas: “Uns confiam em carros, outros, em cavalos, nós, porém, nos gloriaremos no nome do Senhor, nosso Deus” (Sl 20:7). O apelo do profeta Jeremias é que confiemos somente em Deus, a despeito de qualquer situação: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor” (Jr 17:5).  Se você quer viver seguro, agarre-se em Deus e não naquilo que é material, humano e vulnerável.

DOUTRINA DA PREPOTÊNCIA

Por fim, Asa, corajosamente, denuncia a prepotência do inimigo de guerra: “Tu és nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem” (2Cr 14:11). Isto é, “nós somos teus soldados (servos), mas a guerra é do Senhor, e o inimigo é prepotente e não pode prevalecer contra ti”. Em nenhum momento ele subestimou seu adversário. Pelo contrário, tão somente sentiu que não seria possível vencê-lo sozinho, pois Zerá tinha um milhão de soldados à sua dispoisção (2Cr 14:9). Ainda que as tropas de guerra de Asa fossem adestradas, seriam insuficientes para vencer a guerra.

Quanto ao guerreiro Davi, o que ele disse a Golias em resposta aos deboches dirigidos ao povo de Deus foi uma espécie de denúncia das absurdas afrontas feitas a Deus: “Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança, porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará nas minhas mãos”. É bom lembrarmos que a prepotência é um mal que sempre procurou ocupar lugar no coração do ser humano, opondo-se aos conceitos do Criador.

Tudo começou com o anjo de luz quando desejou ser semelhante a Deus: “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao altíssimo” (Is 14: 14).  Uma pessoa prepotente se julga acima do bem e do mal, porque se vê soberana. O prepotente nunca se dá por vencido, mas se considera sempre vencedor. Para ele, há saída para tudo, e ele está sempre disposto a persuadir os outros, ainda que seja um perdedor. No entanto, Asa foi vitorioso e   humilhou-se diante de Deus, ferindo os etíopes diante de todos (2 Cr 14: 12).

PARTE CONCLUSIVA

Então, resta-nos atentarmos para o sentido aplicativo que cada prefixo dá ao substantivo “potência” nas palavras onipotência, impotência e prepotência. Eles determinam o que cada uma significa. O prefixo “oni” fala da superioridade que pertence somente a Deus. O prefixo “im”, por sua vez, subtrai do ser humano todo esforço de grandeza que, mesmo involuntariamente, ele tenta atrair para si. Já o prefixo “pre” simula com perfeição aquilo que o inimigo sempre quis ser, mas nunca foi e jamais será: “semelhante ao altíssimo” (Is 14: 14).

 

Jornal Aleluia, Edição 400

Pr. Emerson Dutra

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