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MOTIVAÇÃO: REQUISITO ESSENCIAL AO MINISTÉRIO PASTORAL

 

 

Palavra da Presidência da IPRB

Por ocasião do Dia do Pastor, tradicionalmente comemorado na Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil (IPRB), no 2º domingo de junho, queremos parabenizar e abençoar a todos os pastores, no sentido de desejar que Deus encoraje e capacite a cada um, principalmente nos dias em que estamos vivendo, frente aos desafios da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Sabemos que ser pastor consiste, apesar da honra e privilégio do chamado, em um grande desafio, ainda mais no contexto do mundo atual. Mas que o Senhor dispense de sua graça sobre todos, trazendo-lhes uma unção poderosa e permanente. Parabéns, pastor!

O pastor, mais do que ninguém, necessita ser um verdadeiro motivador, porque ele trabalha diretamente com gente. Gente que sofre, que enfrenta desafios e que precisa sempre de uma palavra encorajadora. Para tanto, o pastor precisa estar sempre motivado. Motivação, de uma maneira prática, pode ser definida como todo motivo que leva alguém a fazer alguma coisa. Geralmente esses motivos são definidos como necessidades, desejos ou impulsos, oriundos do indivíduo, que dirigem ou mantêm o comportamento voltado para qualquer objetivo.

A motivação pode ser intrínseca e extrínseca. Na primeira, o interesse reside na atividade em si (desempenho estimulado pelo interesse na própria tarefa – processo interno). Na extrínseca, a atividade é encarada como meio para alcançar outro objetivo, por meio de fatores externos que provocam a motivação. Portanto, um obreiro (qualquer pessoa) – intrínseca e extrinsecamente motivado – tem todas as possibilidades para realizar um ministério a contento, ainda que em meio às provações e perseguições. Para isto, vamos considerar alguns aspectos importantes que podem servir como pilares, para que a motivação seja uma constante no pastorado.

CONVICÇÃO DO CHAMADO

Segundo James M. George, “O chamado de Deus para o ministério vocacional é diferente do chamado à salvação e do chamado que atinge a todos os crentes: o serviço. Trata-se de uma convocação de homens selecionados para servir como líderes da igreja. Os destinatários desse chamado precisam ter a certeza de que Deus assim os escolhe para liderar”.

Neste aspecto, a convicção do chamado divino é a mola propulsora de todo o ministério eficaz, ou seja, por maiores que sejam os desafios ou embates ministeriais, aquele que é chamado para uma obra específica será sempre amparado por suas convicções ministeriais. O axioma de que foi chamado por Deus é que produz segurança ao pastor, o que resulta na motivação intrínseca.

Diante das vicissitudes e intempéries da labuta ministerial, somente a convicção de que realmente foi escolhido por Deus pode fazer com que o ministro triunfe em glória, transpondo barreiras e galgando alvos desejados. O pastor precisa acreditar em seu ministério, pois somente assim ele será capaz de confiar no autor desse chamado, que o próprio Deus.

Quando esta convicção ou certeza faltar no coração do obreiro, ainda que todos se coloquem ao seu lado, ele pode estar certo de que o desânimo soará como prenúncio de uma possível crise ministerial. Contudo, quando cremos piamente na convocação divina, mesmo que todos se levantem contra nós, continuamos firmes e inabaláveis, preparando a noiva (a igreja) para se encontrar com o Noivo.

COMPROMISSO COM DEUS

A maior alegria do pastor é saber que labuta a favor da causa do soberano Deus do Universo. Quer dizer, ele não é um empregado dos homens, mas um servo do Deus altíssimo. Paulo expressa esta verdade, quando afirma: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus”, (Rm 1: 1). Ele estava certo de que o seu compromisso era, antes de qualquer coisa, com Deus.

Por isso, o pastor não deve se comprometer com os anseios políticos, religiosos e econômicos, mas com a nobre causa do Evangelho. Ele é embaixador de Jesus na terra. É propagador da maior, mais nobre e melhor causa na face da terra. Ele ocupa uma posição aspirada por muitos, mas que está reservada apenas àqueles que são chamados e comprometidos com Deus.

Parece simples, mas a sua função é de grande e extrema responsabilidade. Só para se ter uma ideia, certo homem disse: “Se um médico errar, ele pode matar o corpo, porém, se o pastor errar, ele pode matar a alma. Um médico pode mandar o corpo para o cemitério, mas o pastor pode mandar a alma para o inferno”. Esse compromisso implica responsabilidade, amor e dedicação à obra do Senhor.

O comprometimento é um grande motivo no desempenho de suas responsabilidades ministeriais, uma vez que Deus confiou aos seus cuidados as suas ovelhas: ¨Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a ele, porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas, para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil¨, (Hb13: 17).

COOPERAÇÃO DIVINA

Depender de Deus é a máxima do pastorado. Isto é, o obreiro precisa estar certo de que o Deus que o chamou é o mesmo que irá cooperar com ele em suas atividades e sustento. Deus chama e capacita àqueles que Ele separou para o ministério ou pastorado. Não há nenhum perigo em alguém aceitar a chamada divina e pensar na possibilidade de não poder contar com a Sua ajuda. Deus se responsabiliza por aqueles que aceitaram o seu chamado.

Charles Bridges afirmou: ”.A labuta no escuro, sem uma comissão segura, tolda em muito a garantia da fé nos compromissos divinos; e o ministro, incapaz de se valer do apoio celestial, sente em seu trabalho as mãos caídas e os joelhos fracos”. Por outro lado, a confiança de que está agindo em obediência ao chamado de Deus e de que Ele está em seu trabalho e em seu caminho, encoraja-o nas dificuldades, conscientizando-o das obrigações pelas quais deve responder com forças onipotentes

Moisés sentiu isto em sua própria pele, quando, de maneira contundente, suplicou a Deus que estivesse com ele na condução do povo à terra prometida: ¨Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que agora me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos: e atenta que esta nação é o teu povo¨, (Êx 33: 13). E a resposta de Deus foi positiva: ¨Irá a minha presença contigo para te fazer descansar¨.

Esta narrativa ensina que Deus estará sempre disposto a auxiliar, a socorrer e a conceder vitórias àquele que é fiel à chamada divina. Sem a presença Dele não vamos a lugar nenhum. Com ele venceremos os gigantes, tiraremos água da rocha, as portas se abrirão e o maná celestial nunca faltará à nossa mesa. Para Deus não há crise, os céus não se cerram e o azeite da botija jamais se acabará, (2 Rs 4: 6).

Concluindo, gostaria de fazer uso das palavras de Alex D. Montoya, ao falar sobre liderança: “Como o líder pode motivar? Sendo ele mesmo a chave da motivação – sua integridade, sua habilidade, seu conhecimento do que deve ser feito e seu exemplo representam aspectos básicos para a motivação”. Evidentemente, nada mais motiva às pessoas do que um líder (pastor) animado e corajoso. Se o pastor conseguir manter-se motivado, o entusiasmo dele vai influenciar outras pessoas. Deus abençoe cada Pastor.

Pr. Advanir Alves Ferreira
Presidente da IPRB

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