A origem da Missão Priscila e Áquila

Texto de Joel R. Camargo

Quase tudo na vida começa com um sonho!
Houve alguém que ousou sonhar os sonhos de Deus para o povo baiano.
Era o início do ano de 1975 quando o Pr. Altair Batista Linhares, desenvolvendo seu ministério em Minas Gerais, movido de compaixão, visualiza a fundação de uma frente missionária para atuar no interior do Estado da Bahia.

Felizmente, a iniciativa não ficou no projeto. Passou-se à ação. Em julho, ele segue com Ugolino Jorge e com seu filho, Esdras Linhares, para Jequié, BA. Espionando a terra, confirmou a carência do Evangelho.

Dias depois uma equipe com cinco integrantes retorna à Bahia e planta o primeiro campo missionário na cidade.

Mas era preciso de uma retaguarda missionária para os futuros trabalhos. Três meses mais tarde, num Encontro de Avivamento em Medina, MG, surge a ideia da formação de uma Junta de Missões.

Logo veio o apoio de muitas igrejas mineiras como Teófilo Otoni, Padre Paraíso e Medina. Os primeiros voluntários se apresentaram à missão: Pedro Venâncio, Fátima Nogueira, Maria Helena Caetano, Sebastião Nunes, Maria Pio e Persival.
O nome

Inspirado no relato bíblico do casal Priscila e Áquila, que haviam aberto sua casa para ali estabelecer uma Igreja, 1Co 16: 19, surge o nome “Mispa – Missão Priscila e Áquila”. Ao passar por uma cidade, esse casal abria seu lar e nele pregava o Evangelho. Quando partia, ali ficava uma Igreja. A ideia agora era a mesma: enviar profissionais para se instalarem nessas cidades e dar início ao evangelismo.

Nasce a MISPA

Em 18/10/1975, no templo da IPR de Teófilo Otoni, MG, foi organizada a Mispa – Missão Priscila e Áquila e aprovado o seu funcionamento no âmbito do Presbitério de Governador Valadares.

Sobre esse dia, emocionado, o Pr. Altair, fundador da MISPA, declara: “…foi um dia histórico… são fatos que ficaram bem vivos na memória e no coração”.

A primeira Diretoria  da MISPA em Minas

Presidente:
Pr. Altair Batista Linhares -Teófilo Otoni.

Vice-presidente:
Presb. Vanderlei N. Morais -T. Otoni, MG

Primeiro secretário:
Pr. Ariovaldo C. Oliveira – T. Otoni, MG

Segundo secretário:
Presb. Manoel C. Aguilar – Medina, MG

Tesoureiro:
Oséias Olegário Soares – Medina, MG

No dia 04/11/1976, os Estatutos da MISPA foram registrados em cartório. Sua sede era uma sala na residência do Pr. Altair Batista Linhares, na Travessa Ipatinga, nº 29 – centro, em Teófilo Otoni, MG.

A princípio foram adotadas como lema as palavras de T. L. Osborn: “Ganhando almas para Jesus lá fora onde os pecadores estão”. Rapidamente, cidades do Sul da Bahia foram sendo alcançadas pelo trabalho missionário da Mispa, como Vitória da Conquista, Mascote, Camacan, Pau Brasil, Encruzilhada, Ilhéus.

A Mispa torna-se nacional

No chegar o ano de 1979, a Igreja se reúne em Assembleia Geral, em Arapongas, PR. O Pr. Abel Amaral Camargo, com entusiasmo, desafiou a igreja a pensar num grande avanço missionário que pudesse alcançar as capitais brasileiras e cidades de maior porte no país.

Em comum acordo com a Diretoria da Mispa e com Presbitério de Governador Valadares, transformam a MISPA em órgão nacional de Missões da IPRB, sendo-lhe confiada a responsabilidade de abrir novos campos missionários e administrá-los em todo o território brasileiro. Nesta nova fase, a primeira diretoria fora:

A primeira Diretoria
nacional da MISPA
Presidente:
Pr. Altair Batista Linhares – Teófilo Otoni, MG

Vice-presidente:
Pr. Joel do Prado – Governador Valadares, MG

Primeiro secretário:
Pr. João de Souza Matos

Segundo secretário:
Pr. Alvino Araújo da Silva

Tesoureiro:
Presb. Vanderlei N. Morais

Primeiros frutos

Poucos meses depois, a Mispa já alcançava Fortaleza, CE, Maceió, AL, Natal, RN, Vitória, ES, Florianópolis, SC e Aracaju, SE.

Todos os sonhos estavam se concretizando. Impulsionada pelo intenso mover do Espírito Santo, a atividade missionária na IPRB cresceu. A sementeira produziu várias igrejas e até presbitérios foram constituídos. A Igreja não pode deixar de relembrar, com justiça, a dedicação do idealizador e fundador da MISPA, o pastor Altair Batista Linhares.

O trabalho cresceu, alcançando outros países na América do Sul, Europa, África e Ásia, como foi o caso do Japão. Muitos se colocaram à disposição da Mispa. Uma forte estrutura capaz de administrar sua expansão foi criada. Isto é a Mispa hoje.

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Fontes

1 – CAMARGO, Joel R. Jornal Aleluia, outubro de 2004.

2 – ATAÍDES, Florêncio Moreira de. MISPA, uma História de Fé. Assis: Triunfal
Gráfica e Editora, 2010, pp. 203-208.
3 – Além de informações colhidas nos Jornais Aleluia, servimo-nos
das pesquisas realizadas por Gabriela Biason e Helenice L. de Souza,
funcionárias da MISPA.
Mais informações no site da MISPA: www.mispa.org.br